Imagine Zayn Malik

-Mamãe, o nosso aniversário ta perto? - Carly perguntou me olhando, ela estava sentada no chão do nosso pequeno apartamento, Finn estava no meu colo assistindo TV.
Esses são meus dois filhos, Carly e Finn são gêmeos, os dois tem quatro anos, e o aniversário de cinco anos estava muito perto, mas nós não tínhamos dinheiro para fazer uma festa boa, Zayn tentava juntar o pouco dinheiro que ganhava como professor para fazer a festa, mas não dava, acontecia alguma coisa e o dinheiro precisava ser usado, ter duas crianças é muito difícil, principalmente quando seu marido foi despedido do emprego. Zayn ganhava bem na universidade, mas começaram a dar aulas pela internet e precisavam de poucos professores, fizeram uma prova e os 10 melhores continuavam, e ele não conseguiu, lembro como ficou arrasado. Tivemos que nos mudar para esse apartamento, e diminuir as contas e não temos condição de fazer uma festa boa, não agora, mas sabia que íamos superar aquilo, era só uma fase, eu e Zayn vamos superar essa, como sempre fazemos.
- Sim, meu amo, ta perto - falei olhando para Zayn que comia bolo sentado na sua poltrona, ele me olhou e deu um sorriso de canto e eu sorri confiante - nós já conversamos sobre isso não é? - falei e olhei para os dois que concordaram triste.
- Mas eu disse que vou levar vocês dois para o parque não é? - Zayn falou fingindo animação. 
- É papai, mas nem é a Disney, é só o parque do bairro, o que nós vamos todo dia - Finn falou olhando para a TV e comendo o salgadinho que tinha na mão, Zayn me olhou esperando que eu falasse algo.
- Mas nós vamos para a Disney qualquer dia, okay? - falei e ele apoiou a cabeça no meu ombro.
- Eu sei mamãe, a senhora e o papai são os melhores pais - ele falou baixo me fazendo sorrir.
Carly correu para o colo do pai e ele levantou sentando ao meu lado com ela no seu colo, Zayn passou o braço pelo os meus ombros.
- Nós vamos superar isso amor - falei o dando um selinho e ele sorriu triste.
Ficamos ali algum tempo até que senti Finn babar no meu ombro, olhei para o lado e vi Carly ainda acordada, Zayn assistia o desenho.
- Ei princesa vamos para o quarto? - perguntei para minha filha que assentiu, eu fui com Finn no colo e ela na frente falando alguma das suas coisas sem sentindo.
Deitei Finn na parte de baixo da beliche, ainda bem que estava dormindo, era sempre uma briga para quem iria dormir em cima.
- Me ajuda mamãe - Carly falou levantando os braços, a puxei para cima e a botei na cama - conta uma história.
Subi na cama e deitei com ela, começando a contar alguma história qualquer, ela sorria fazendo carinho no meu braço.
- Tudo vai ficar bem mamãe - ela falou antes de bocejar e fechar os olhos se aconchegando nos meus braços, fiquei algum tempo ali fazendo carinho nos seus cabelos, até que ela dormiu.
Sai do quarto deles que era colado com a sala e não encontrei Zayn, ele já deve está dormindo, o apartamento era pequeno, o que era bom para mim já que arrumava só e ainda cuidava das crianças.
Arrumei a bagunça que eles tinham feito no chão, os farelos de comida que Zayn deixava sujo, os copos e depois varri, lavei as louças e me senti cansada, fui até nosso quarto e encontrei ele sentado lendo algum livro.
- Uh Sr. inteligência, o que está lendo? - perguntei trocando a roupa pelo meu pijama, ele me olhou sorrindo e mostrou a capa do livro, “Saco de Ossos” - Credo Zayn que nome feio - caminhei até a prateleira e fui pentear meus cabelos olhando para ele pelo reflexo.
- Stephen King, querida - ele falou sorrindo. 
Terminei e fui até a cama entrando de baixo da coberta e o abraçando pela cintura, passei o nariz por sua barriga e o senti contrair a mesma, sorri e olhei para cima vendo ele deixar o livro de canto, desligar o abajur e deitar ao meu lado me puxando para mais perto e ficou com o braço em volta da minha cintura, nossos rotos estavam perto. 
- Você viu a cara de decepção deles quando falaram sobre a destina de aniversário? - Zayn falou com a voz magoada, eu passei meus dedos pelo seu rosto.
- Zayn, a Carly e o Finn nunca ficaram magoados com você, eles te amam demais, contam as horas para você chegar em casa e falam orgulhoso para os amigos o quanto o pai é bom, acredita que toda as mulheres do parque querem te conhecer? - falei com uma cara indignada e ele riu me beijando - Você é um homem de sorte, tem dois filhos maravilhosos, eles não ficam chateados por causa de uma festa boba, talvez um pouco, mas passa, e depois podemos dar uma festa melhor, você ainda não recebeu a resposta do emprego nos Estados Unidos e lá nossa vida pode mudar, eu sempre ficarei ao seu lado, assim como eles, nós somos uma família e todas as famílias enfrentam problemas, o nosso é fichinha para outros, nossos filhos estão bem de saúde, nós nos amamos, e somos felizes mesmo com pouco dinheiro, Deus ta com a gente amor, isso é uma fase e todos tem fases ruins, é só olhar para cima e seguir em frente - ele me olhou e nos beijamos de verdade, ficamos assim durante um pouco de tempo e ele me beijou a testa. 
- Muito obrigado por continuar sempre do meu lado, eu não sei o que seria de mim sem você na minha vida, na verdade você é ela, você é meu motivo para viver (S/n), você e as crianças - segurei sua mão que fazia carinho no meu rosto e a beijei. 
- Eu já disse, vocês são a melhor família.
- Nós somos - ele me beijou mais uma vez - e nós vamos melhorar nossa condição financeira, eu não vivo para ver vocês terem que viver limitados assim, eu ainda vou dar muitas coisas a vocês três (S/n). 
- Eu sei que vai, nós vamos esperar por isso e se não chegar… Eu posso, sei lá, arranjar um emprego, posso ser empregada da casa dos Hemings, eles são uma boa família.
- Não, nunca - Zayn falou me olhando com os olhos arregalados - minha mulher nunca que vai lavar o chão da casa dos outros para me ajudar, eu vou conseguir fazer isso.
- Deixa de ser machista - beijei seus lábios e me aconcheguei nos seus braços, já estava com muito sono - Tudo vai ficar bem, meu amor - repetir as palavras da minha filha e adormeci nos seus braços, e assim seria até o final das nossas vidas. Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.